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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

SOBRE CABOS ELEITORAIS E CARGOS COMISSIONADOS

O atual gestor de Pindamonhangaba afirmou textualmente – em debate de televisão – a importância dos 300 empregados comissionados por serem, todos, competentes.

Aí já se estabelece um parâmetro discriminatório, haja vista, apesar de subjetivamente, o prefeito ter destacado a “falta de competência” dos funcionários concursados, efetivos, com estabilidade de emprego, mas não merecedores de sua confiança.

A suposta competência dos comissionados como teria sido avaliada? Sem nenhum teste, a não ser a mera simpatia ou o ardoroso partidarismo de cada um deles por ocasião das eleições passadas?

Se experiência faz a diferença, quem está no serviço público há mais tempo entende mais de administrar o erário municipal.

Por outro lado, como estabelecer nomenclatura de cargos comissionados se não há, e isso é até objeto de representação pelo Ministério Público, a correta descrição de cargos e funções dos efetivos?

Tanto assim é que os 300 são contexto de sentença judicial definindo pela extinção dos referidos cargos sem concurso.

Por outro lado, o alcaide afirma ter enorme preocupação com a atual situação de desemprego na cidade. Será que os mesmos comissionados não estão ocupando, como cabos eleitorais, a possibilidade de ganho de pais e mães de família atualmente passando necessidades?

É preciso entender ser, o serviço temporário de cabo eleitoral, uma pequena chance de muitas famílias terem um litro de leite, um quilinho de linguiça ou acém sobre a mesa, enriquecendo a alimentação do cotidiano, enquanto alimentam o sonho de tempos melhores.

Aproveitando a postagem de um comissionado apoiador do prefeito, no Facebook, vamos considerar, como salário médio dos comissionados, a irrisória quantia de R$ 5 mil.

Não vale pegar a calculadora, mas, vamos lá: 300 x 5 mil = R$ 1.500.000,00 por mês!

Daria, esse valor, para adquirir, pelo menos, 5 ambulâncias novas e responder pelo salário de profissionais habilitados em atendimento de emergência.

Enquanto, isso, muitos servidores concursados não atingem R$ 2.500 mensais, cumprem jornada de trabalho, marcam ponto e ainda precisam justificar atrasos, mínimos que sejam.

Outros equipamentos e recursos poderiam ser alcançados com a redução de despesas com “profissionais competentes”.

Será que um cabo eleitoral custaria tão caro ou, na verdade, a economia é por conta da competente fidelidade puxa-saquista garantidora da boca rica?

Boca rica sustentada no poder sem nenhuma consulta à opinião pública.

Basta ser competente para estar dentro da moralidade?

Fica, para reflexão, essa minha Opinião.

Marcos Ivan de Carvalho.
Jornalista Independente -Mtb 36.001



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