O
atual gestor de Pindamonhangaba afirmou textualmente – em debate de
televisão – a importância dos 300 empregados comissionados por
serem, todos, competentes.
Aí
já se estabelece um parâmetro discriminatório, haja vista, apesar
de subjetivamente, o prefeito ter destacado a “falta de
competência” dos funcionários concursados, efetivos, com
estabilidade de emprego, mas não merecedores de sua confiança.
A
suposta competência dos comissionados como teria sido avaliada? Sem
nenhum teste, a não ser a mera simpatia ou o ardoroso partidarismo
de cada um deles por ocasião das eleições passadas?
Se
experiência faz a diferença, quem está no serviço público há
mais tempo entende mais de administrar o erário municipal.
Por
outro lado, como estabelecer nomenclatura de cargos comissionados se
não há, e isso é até objeto de representação pelo Ministério
Público, a correta descrição de cargos e funções dos efetivos?
Tanto
assim é que os 300 são contexto de sentença judicial definindo
pela extinção dos referidos cargos sem concurso.
Por
outro lado, o alcaide afirma ter enorme preocupação com a atual
situação de desemprego na cidade. Será que os mesmos comissionados
não estão ocupando, como cabos eleitorais, a possibilidade de ganho
de pais e mães de família atualmente passando necessidades?
É
preciso entender ser, o serviço temporário de cabo eleitoral, uma
pequena chance de muitas famílias terem um litro de leite, um
quilinho de linguiça ou acém sobre a mesa, enriquecendo a
alimentação do cotidiano, enquanto alimentam o sonho de tempos
melhores.
Aproveitando
a postagem de um comissionado apoiador do prefeito, no Facebook,
vamos considerar, como salário médio dos comissionados, a irrisória
quantia de R$ 5 mil.
Não
vale pegar a calculadora, mas, vamos lá: 300 x 5 mil = R$
1.500.000,00 por mês!
Daria,
esse valor, para adquirir, pelo menos, 5 ambulâncias novas e
responder pelo salário de profissionais habilitados em atendimento
de emergência.
Enquanto,
isso, muitos servidores concursados não atingem R$ 2.500 mensais,
cumprem jornada de trabalho, marcam ponto e ainda precisam justificar
atrasos, mínimos que sejam.
Outros
equipamentos e recursos poderiam ser alcançados com a redução de
despesas com “profissionais competentes”.
Será
que um cabo eleitoral custaria tão caro ou, na verdade, a economia é
por conta da competente fidelidade puxa-saquista garantidora da boca
rica?
Boca
rica sustentada no poder sem nenhuma consulta à opinião pública.
Basta
ser competente para estar dentro da moralidade?
Fica, para reflexão, essa minha Opinião.
Marcos
Ivan de Carvalho.
Jornalista
Independente -Mtb 36.001
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